A HISTÓRIA DA ROBÓTICA EDUCACIONAL(RE)


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             Lelino Pontes

Os registros sobre a origem da robótica educacional têm seu início com os trabalhos de W. Ross Ashby médico psiquiatra da Inglaterra, que desenvolveu vários trabalhos em cibernética se tornando pioneiro na área, também Gray Walter, renomado neurofisiologista, que estuda e analisa as ações dos robôs com a finalidade de construir aprendizados por meio deles. Mas foi Seymour Papert, ao sair do Centro de Epistemologia de Genebra e entrar no Laboratório de Inteligência Artificial do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em 1964, que desenvolveu atividades intelectuais bastantes relevantes para a robótica educacional.

A robótica educacional conhecida também como robótica pedagógica ou robótica educativa é um importante recurso no processo de ensino aprendizagem e explora diversos temas do currículo escolar. Ainda é muito recente e prima pelo uso de projetos educacionais, envolvendo atividade de programação e montagem de robôs, onde passa propicia ao aluno um ambiente para o seu desenvolvimento lógico e criativo ligando-o a diferentes conhecimentos em diferentes áreas. Por ser relativamente nova a robótica pedagógica possui certa resistência em sua aceitação que aos poucos vai sendo desfeita, com sua aplicação em sala de aula e com os seus resultados já vivenciados.

 O esboço desta nova disciplina surgira gradualmente, e o problema de situá-la no contexto da Escola e no ambiente de aprendizagem será melhor apresentado quando a tivermos na nossa frente. Apresento aqui uma nova definição preliminar da disciplina, porém apenas como uma semente para discussão, como aquele grão de conhecimento necessário para que uma criança invente (e evidentemente, construa). Se este grão constituísse a disciplina inteira um nome adequado seria “engenharia de controle” ou até mesmo “robótica” (PAPERT, 1994, p.160)

 A robótica educacional baseia-se na teoria construtivista de Jean Piaget, que tem o aluno como construtor do seu próprio saber, interagindo e produzindo o seu próprio aprendizado estabelecendo uma relação de troca do meio com o objeto, obtendo assim um aprender vivenciado, um aprender de experimentação com uma melhor acomodação do conhecimento, colocando o aluno como agente ativo no processo da sua própria aprendizagem, fazendo desta uma aprendizagem significativa na assimilação do assunto estudado.

 Conhecimento não procede em suas origens nem de um sujeito consciente de si mesmo, nem de objetos já constituídos do ponto de vista do sujeito. O conhecimento resultaria de interações que se produzem entre o sujeito e objeto. A troca inicial entre sujeito/objeto se daria a partir da ação do sujeito. Logo, não existe conhecimento resultante do simples registro de observações e informações, sem uma estrutura devida às atividades do próprio sujeito (JEAN PAIGET 1998).

A teoria de Piaget tem como base a idéia da prática, de fazer por si só, assim o aluno interage com a matemática, estudado de maneira real e em oposição à abstração tão usada na sala de aula.

Percebendo a eficiência da teoria de Piaget é que Papert desenvolveu as bases do ensino tecnológico, dando origem ao Movimento de Tecnologia Educacional Progressista PEI (Progressive Educational Technology Moviment) que nada mais é do que aplicar na prática a teoria de Piaget, ou seja, o ensino tecnológico tem como fundamento a experimentação, o aprender fazendo a prática, e este coloca o aluno como auto-construtor do conhecimento, fazendo a abstração ter uma necessidade real e podendo ser vivenciada de maneira significativa.

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4 Comentários

  1. Excelente! Muito bom o seu artigo!

  2. Lelino, muito bom seu artigo. Estou trabalhando na minha dissertação de mestrado que tem como tema, Projetos Educacionais com foco em Robótica Educacional. Você tem algum livro seu sobre Robótica Educativa, queria citar você nas minhas referências bibliográficas. Gostei muito do seu blog. Abraços. Prof. Márcio Lúcio

  3. Olá, você tem a referência da citação do Papert 1994 ??


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